Estava em meio a pensamentos poéticos
quando um hippie me apareceu
Atrapalhou o momento, mas me renasceu.
Sinto saudades dos olhares que estão por trás de lentes
Mas prefiro o vento no rosto, e a aguá que reflete..
Lembrei que estive aqui contigo
sentia frio e seus abraços.
Como pôde, momentos não me trazerem paz?
Vejo-me perdida, ao mar...
Não sei quem quero encontrar
Pensei: penso que não penso mais em você, mas, como poderia, se só de pensar, penso?!
Complicado, assim como meus cabelos embaraçados com meus pensamentos.
Você insistia em desatar meus nós..
Tudo que vejo é nada, pois não vejo você
A Lua... nos vemos menores sobre lentes..
mas nuca deixei de enxergar sua grandeza, nem ao menos a fluidez da Lua.
Os românticos a amam..
Nós não!
Nem somos românticos!
Mas me apaixonei por você, que agora nem sabe que escrevo.
Onde estás?
Em quais momentos, em que pensamentos?
Diria agora que não estou...
Estou no meio, no receio, do meu desejo.
Olho pra frente e não vejo,
vejo algo que tenta ser, e não me convence,
vejo que estou tão errada.
Gosto de sentir o vento, porque só ele pode me levar de mim.
É como um corpo inexistente, sem um porque.
Por que, você?
Sinto-me como as ondas, eternas, mesmo em calmaria.
Não sei me esconder por baixo das ondas
estou flutuando, em lixo, em barcos, em restos,
em pensamentos que vão e voltam,
que sempre voltam.
Mas hoje só pude escrever por não ter pensado em você.
Por apenas minutos do abraço eterno que eu recebi,
de um hippie, um estranho, um alguém não visto,
que me entendeu em abraços
e me deu paz, ou uma certa liberdade
de eu poder não estar mais em mim.
Nenhum comentário:
Postar um comentário